Enfim, o reencontro. Depois de um tempo afastadas, cada uma no resguardo do seu próprio universo, o clima frio e a lembrança dos momentos aconchegantes vividos juntas trouxeram de volta a vontade de ir à sua procura. E a busca nem foi assim tão longa. Ao primeiro movimento, lá estava ela, já à minha espera. A noite gelava. A garrafa de Carménère se esvaziando ajudava ainda mais a encher as memórias de outros invernos. Meio que sem esperar, da borda da taça para o meio da cama foram dois ou três passos apenas. Aos poucos, a proximidade da sua superfície pequenina, mas quase em brasa, com meu ventre foi desencadeando uma sensação inigualável, que irradiava para o resto do corpo, como se ao ritimo pulsante dos raios de sol. Um calor de aquecer corpo e alma e incendiar os sonhos. Naquele momento, não conseguia mais imaginar a vida sem ela... a minha bolsa de água quente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário