"O que você sabe sobre esta questão?", disse o Rei para Alice.
"Nada", disse Alice.
"Absolutamente nada?", insistiu o Rei.
"Absolutamente nada", disse Alice.
"Isso é muito importante", disse o Rei... (Lewis Carroll)



quarta-feira, 4 de agosto de 2010

É melhor ser alegre que ser triste

O grande poetinha estava pra lá de certo. É mesmo melhor ser alegre que ser triste, mas nem por isso não se pode "não ficar" triste. Às vezes é melhor, e necessário, ficar ou estar triste. Diante de uma má notícia, uma perda, um rompimento, uma separação, ou até mesmo diante de um dia cinzento e frio como o de hoje, a tristeza pode ser um efeito natural. A tristeza é um sentimento ou estado que também alimenta a alma e, como todo alimento, precisa ser devidamente processada e digerida. Quando ela bate, melhor é parar e curtir  do que seguir como se ela não estivesse ali.

Tem a história de um peixe que, após ter encontrado um grande pedaço de comida, agarrou-se a ele e seguiu nadando em vez de parar. Todo atrapalhado, segurava o alimento com uma das barbatanas peitorais enquanto o mordiscava, o que dificultava seu deslocamento e equilíbrio. Ele poderia simplesmente ter parado em algum local tranquilo, comido o necessário e descartado o restante. E, ao prosseguir bem alimentado e desempedido, teria aproveitado muito melhor a sua viagem.

Parece que nós, como esse peixe, às vezes andamos por aí carregando nossa tristeza. Ou pior, seguimos andando como se a carga não existisse, quando o melhor a fazer seria parar, digerir, apreender o necessário e tentar transformar em aprendizado, descartando as sobras no final. A tristeza, assim como a alegria, é um estado apenas. E um estado transitório com o qual também precisamos aprender a conviver. Sem a noção dessa transitoriedade, mais difícil lidar com ela e maior o risco de tomarmos um estado passageiro por uma condição permanente, pelo "ser triste". Se bem assimilado o "estar triste", podemos até nos libertar da carga e reencontrar o caminho em direção ao "ser alegre" com algum equilíbrio e tranquilidade, ainda que apenas temporariamente.

Saravá! A bênção, que eu vou partir...

Um comentário:

  1. Olá td bom estou divulgando este Doc.
    Se puder assistir, valea pena.Obrigado.

    http://nosolhosdaesperanca.blogspot.com/

    Resenha


    Jânio é um rapaz de vinte anos que foi preso na orla da praia da Cidade de Praia Grande confundido de fazer parte de um grupo de jovens que promoveram um arrastão. Mesmo sem provas ficou preso durante 11 meses. Leide e Francisco a mãe e o pai de Jânio precisaram lutar para provar a inocência do filho, enfrentando a principal dificuldade que esbarra num problema social ainda não resolvido no Brasil.

    "Ser pobre é ser culpado até que se prove ao contrário?"

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