"O que você sabe sobre esta questão?", disse o Rei para Alice.
"Nada", disse Alice.
"Absolutamente nada?", insistiu o Rei.
"Absolutamente nada", disse Alice.
"Isso é muito importante", disse o Rei... (Lewis Carroll)



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A cura do mundo

Um dia você acorda todo feliz, vai pro chuveiro e, de repente, vê seu box se transformando numa banheira porque a água inexplicavelmente se recusa a descer pelo ralo. Gravidade ao contrário, você pensa. Termina o banho apressado na ponta dos pés pra não afogar os joelhos e sai correndo dali. De volta ao quarto, dá de cara com os restos da festança da noite anterior. Da festança dos cupins que inexplicavelmente resolveram fazer da sua madeira tratada o prato principal do seu jantar enquanto escavam túneis intermináveis, intermináveis até que o armário acabe. Marceneiro safado, você pensa. E dá uma vontade de sair correndo dali também e ir pra rua, ver o dia de perto, tomar sol e fugir dessas coisas inexplicáveis. Mas o sol também inexplicavelmente não saiu naquela manhã que nem era de segunda-feira. Melhor voltar logo pra cama e ficar ali, escondido, até que o mundo se cure, ou se explique.

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